É um mucopolissacarídeo produzido pelo próprio organismo humano, se apresenta amplamente distribuído em vários tecidos conectivos e fluídos intercelulares como por exemplo na pele, nas articulações e no humor vítreo (olhos).
Na pele é encontrado tanto na derme como na epiderme e é determinante para manter sua umectação e visco-elasticidade.
Acredita-se que a diminuição dos níveis de Ácido Hialurônico seja a principal causa do ressecamento da pele favorecendo e acelerando o processo de envelhecimento, portanto a suplementação desta substância na superfície da epiderme através da formação de um filme artificial é necessário para manter as condições de umectação natural da pele, retarda o ritmo do envelhecimento e minimiza os sinais do tempo.
Seu poder de retenção hídrica se deve ao fato de possuir uma estrutura capaz de inflar e absorver até 100 vezes o seu tamanho em água cedendo esta água rapidamente à pele quando ela solicita.
Além disso, quando em níveis equilibrados colabora com o preenchimento dos espaços intercelulares mantendo uma matriz geleificada ligada à proteínas, outros mucopolissarídeos e água, evitando o surgimento precoce de rugas e linhas.
Estas atividades já são conhecidas e difundidas ao longo de anos, todavia, experiências mais recentes trouxeram desdobramentos de grande utilidade no que se refere ao uso do Ácido Hialurônico, tais como sua capacidade lubrificante para proteger a pele contra infecções bacterianas, seus dotes na redução dos processos inflamatórios, e sobre tudo, sua alta performance na cura de lesões teciduais, favorecendo um processo cicatricial, que tem sido denominado de “fetal like”.
Estudos realizados nos últimos anos tem demonstrado que o feto tem um processo de cicatrização de feridas diferente do que ocorre em um adulto. A cicatrização evolui rapidamente, sem contração, sem deixar marcas e apresentando um padrão de colágeno mais organizado do que o encontrado no adulto.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Cannes, França, avaliaram os efeitos do Ácido Hialurônico e seus fragmentos. Concluíram que o Ácido Hialurônico estimula colágeno III, a expressão do TGF-β3 e a proteína I de ativação, o que favorece a cicatrização da lesão da pele sem a formação de cicatriz, proporcionando um ambiente celular parecido com o que ocorre em feto.
– Acta Cirúrgica Brasileira – Medeiros AC, Ramos AMO, Dantas Filho AM, Azevedo RCF e Araujo FLFB.
O uso do Ácido Hialurônico é fundamental para melhorar o teor hídrico, possui um efeito preenchedor de rugas e pode ser um recurso importante para ajudar a regenerar a pele após um peeling.
Neste post foi compartilhado a publicação da Bel Col em revista Edição 65 Maio – Junho 2012