Eis que surge uma nova tendência entre os principais lançamentos cosméticos em 2024 e o que mais se houve falar é sobre EXOSSOMO, não é uma descoberta tão rescente mas daqui para frente vai se falar muito sobre o tema.
O exossomo foi descoberto em 1983, quando se descobriu que os reticulócitos liberavam pequenas vesículas de 50 nm transportando receptores de transferrina para o espaço extracelular. Desde então, a compreensão do mecanismo e da função do exossomo expandiu-se exponencialmente, o que transformou a perspectiva das trocas intercelulares e dos mecanismos moleculares subjacentes à progressão da doença.
Exossomos são nanovesículas derivadas de células que estão envolvidas no transporte intercelular de materiais. Pequenas moléculas ou medicamentos de ácidos nucleicos, podem ser incorporados em exossomos e depois entregues a tipos específicos de células ou tecidos para realizar a entrega direcionada do medicamento. A entrega direcionada aumenta a concentração local da terapêutica e minimiza os efeitos colaterais.
Exossomos (EXOs) derivados de células-tronco derivadas do tecido adiposo (ADSCs) desempenham um papel imunossupressor, reduzindo a secreção de IFN-α, inibindo assim a ativação de células T. Além disso, ADSCs-EXOs contêm proteínas imunorreguladoras, como TNF-a, fator estimulador de colônias de macrófagos (MCSF) e RBP-4. O papel das ADSCs-EXOs na promoção da diferenciação de monócitos em macrófagos M1 foi confirmado por Kranendonk et al. Também foi descoberto que o miR-155 em ADSCs-EXOs pode induzir macrófagos derivados de adipócitos de camundongos obesos a se diferenciarem em M1, causando inflamação crônica com um desequilíbrio na proporção de macrófagos M1 para M2 no tecido adiposo. ADSCs-EXOs também podem regular positivamente a expressão da proteína inflamatória 1α de macrófagos e da proteína quimioatraente de monócitos 1, promovendo inflamação precoce.
Desta forma, estudos reforçam que ADSCs-EXOs são uma terapêutica altamente promissora para reparação e regeneração de feridas. Na ferida, ADSCs-EXOs modulam as respostas imunes e a inflamação, promovem a angiogênese, aceleram a proliferação e a reepitelização das células da pele e regulam a remodelação do colágeno que inibe a hiperplasia cicatricial. ADSCs-EXOs podem melhorar o enxerto de gordura, promover a cicatrização de feridas em pacientes diabéticos e atuar como transportador e estrutura combinada para o tratamento, levando ao reparo cutâneo sem cicatrizes. ADSCs-EXOs têm aplicações na prática clínica e são susceptíveis de alcançar a melhor cicatrização fictícia de feridas cutâneas.
O envelhecimento está associado a alterações na composição e função dos exossomos, que podem influenciar a homeostase tecidual e contribuir para a progressão de doenças relacionadas à idade. Pesquisa mostrou que exossomos derivados de células-tronco adultas, como células-tronco mesenquimais humanas (hMSC), podem promover a regeneração e reparação de tecidos, modular o sistema imunológico e reduzir a inflamação. Estas descobertas sugerem que a terapia com exossomos poderia rejuvenescer o corpo e combater doenças relacionadas à idade. Espero que a leitura tenha contibuido para o seu conhecimento e fique à vontade para comentar ou deixar sua dúvida.
fontes:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33458899/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31047959/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7847680/
https://www.dvcstem.com/post/exosomes