Melanina, a menina da cor é uma publicação que trouxe um esclarecimento sobre a melanina, o pigmento responsável pela cor da pele, olhos e cabelos em humanos. Mas hoje o nosso assunto não é a melanina, mas sim os melanócitos, nada mais, nada menos, que os responsáveis pela produção de melanina.
Os melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela pigmentação da pele e dos pelos, contribuindo para a tonalidade cutânea. São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os quais originam da crista neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhor elucidados. Quando se tornam células completamente desenvolvidas, distribuem-se em diversos locais: olhos, ouvidos, sistema nervoso central, matriz dos pelos, mucosas e pele.
Na pele, estão localizados, na camada basal da epiderme e, ocasionalmente, na derme. Representam cerca de 5% a 10% das células da epiderme, algumas regiões como a geniana, apresentam maior proporção entre melanócitos e queratinócitos (cerca de 1/4), em outras regiões, essa proporção é significantemente menor (1/10).
Existe cerca de dois mil ou mais melanócitos epidérmicos por milímetro quadrado de pele da cabeça e antebraço e cerca de mil no restante do corpo independente da raça. A regulação exata do número de melanócitos, na epiderme, parece ser mediada pelos queratinócitos e por mediadores específicos, como o fator de crescimento de fibroblastos.
O número de melanócitos diminuem com a idade, em áreas não fotoexpostas, na proporção de 6 a 8% a cada 10 anos, sendo que as diferenças raciais na pigmentação não têm uma expressiva variação no número de melanócitos e sim no grau da atividade da síntese de melanina e melanossomas, na proporção de subtipos de melanina, feomelanina e eumelanina, sua distribuições e envolvimento de fatores ambientais como a exposição solar.
Nos melanócitos, a melanina produzida fica armazenada em estruturas intracitoplasmáticas específicas, os melanossomas. Histologicamente, os melanócitos juntamente com os queratinócitos e células de Langerhans estão organizados estrategicamente na epiderme formando uma barreira física que protege a pele dos agentes patógenos e outro tipo de lesões. Estudos publicados recentemente sugerem que o melanócito é um elemento muito ativo que secreta moléculas de identificação dirigidas, não somente aos queratinócitos, mas ao sistema imunológico da pele.
Mas antes gostaria de deixar como referência os livros que estou me baseando para escrever esse tema: Pele do nascimento à maturidade, da autora Dra. Maria Inês Harris; Classifi cação do melasma pela dermatoscopia: estudo comparativo com lâmpada de Wood artigo de Carla Tamler et al; Fisiopatologia do melasma do Anais Brasileiros de Dermatologia; A biologia do melanócito e do seu papel na resposta imunitária cutânea do Dermatol Rev México e Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos das autoras Rosaline K. Gomes e Marlene G. Damazio.
Lembrando que O ASSUNTO MELANINA CONTINUA!!