Não é por acaso que a Vitamina C foi a coquelux do Congresso Internacional de Estética 2010, empresas de dermocosméticos conceituadas trouxeram para esse Congresso linhas de cosméticos profissionais e home care (uso domiciliar) contendo Vitamina C. Apesar de já ser consagrada há tempos por seu efeito antioxidante, clareador e por estimular a síntese de colágeno (produção de colágeno), havia uma ressalva ao seu uso pelo fato de que a Vitamina C por se tratar de uma substancia muito instável que reage com o oxigênio, perde parte do seu efeito de ação.
Não deixando por menos a indústria cosmética lançando mão de recursos tecnológicos, arregaçou as mangas, foi à luta em busca de uma maneira de manter a forma ativa da Vitamina C independentemente das condições externas e baseando-se no conceito das formas encapsuladas, como o próprio nome já diz, a molécula de Vitamina C fica protegida em uma cápsula, sendo somente liberada após a aplicação do cosmético na pele.
Temos a disposição a Vitamina C encapsuladas de várias formas, Lipossomadas, Talasferas, Nanosferas, Glicoesferas o que se diferem pelo tamanho e pela constituição da cápsula.
Essas diferenças são importantes, pois quanto menor maior é a garantia de permeação da Vitamina C e destas citadas acima a menor é a Nanosfera. O que é importante considerar é que a Vitamina C produz colágeno tipo I e III. Um estudo realizado e publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia¹ demonstrou que a Vitamina C foi “capaz de vencer a capacidade proliferativa reduzida dos fibroblastos dérmicos de indivíduos idosos (78-93 anos), assim como aumentar a síntese de colágeno em níveis similares de recém-natos (3 a 8 dias de vida)”
Isso é o mesmo que dizer que a Vitamina C além de vencer a ação natural do envelhecimento em pessoas idosas, aumenta a produção de colágeno de um idoso como se ele fosse um recém-nascido.
Como clareador a Vitamina C age diretamente na melanogênese, um mecanismo de reações bioquímicas que produz as tão temidas manchas, exercendo efeito supressor da pigmentação por meio da supressão da ação da tirosinase (enzima que produz a mancha).
Como antioxidante a Vitamina C possui ação de fotoproteção e é capaz de reduzir eritema desencadeado pela irradiação UVB. “O organismo protege-se naturalmente utilizando antioxidantes para neutralizar os efeitos nocivos dos radicais livres. A vitamina C é o antioxidante mais abundante no organismo, especialmente na pele.” Perfeito! Essa informação nos dá idéia de quão boa é a ação da Vitamina C para a pele. Mas qual das formas citadas escolher??
Geralmente as farmácias de manipulação têm a disposição as Talaspheres de Vitamina C, que é uma forma esférica, compõe uma cobertura orgânica que em contato com a pele sofre ação de enzimas que degradam essa cobertura gradativamente e vai liberando lentamente a Vitamina C na pele. As outras formas vão agir de forma bem parecida no que diz respeito à proteção e liberação gradativa da Vitamina C, a que oferece melhor recurso é a Nanosfera, por se tratar de uma cápsula bem pequena que mais se aproxima do tamanho do poro da membrana celular que é cerca 30nm, garantido uma maior permeação. Além se ser uma forma esférica, ela também é flexível facilitando todo processo e aumentando a disponibilização da Vitamina C na derme, camada da pele onde fica o berço das células jovens. Posso citar “n” benefícios da Vitamina C, mas essas informações são suficientes para saber que a Vitamina C é indispensável para todos os tipos de tratamentos, na dúvida, use a Vitamina C, com certeza vai ser de bom proveito e o que é bem interessante a Vitamina C não é fotossensibilizante então nos permite usá-la durante o dia.
Essa matéria agora também faz parte da Revista Estética com Ciência